ALUNOS: Gabriela, Dieimi, Ianne, Leticia, Rayanna, Olivia , Camila Putrick, Jean e Jenifer
3° ano "B"
Baixa Umidade do Ar
Existem épocas do ano em que a umidade do ar cai consideravelmente no território brasileiro, gerando uma série de problemas de saúde, em especial os problemas respiratórios. O tempo fica tão seco, ensolarado e com poucas chuvas que se assemelha ao clima de deserto, tanto que em determinados lugares é decretado estado de emergência. Pois muitas pessoas, em especial idosos e crianças, chegam a ficar muito doentes e até mesmo morrem devido aos problemas climáticos. Hospitais lotam nesse período, pois o número de casos com problemas respiratórios triplica. Atualmente o sudeste e o centro-oeste são as regiões mais castigadas por essa baixa umidade do ar. As principais providências que devem ser tomadas para evitar ou pelo menos amenizar esse problema é:
• Evitar exposição prolongada ao sol durante os horários de maior calor (das 12h às 16h). Fazer a ingestão de bastante líquido.
• Fazer o uso de roupas leves quando a temperatura estiver acima de 28°C.
• Dormir em local mais arejado e umedecido (podem-se usar umidificadores de ar, toalhas molhadas ou reservatórios com água).
• Evitar choques térmicos.
• Evitar fazer grandes esforços físicos.
• Fazer o uso de filtro solar para evitar o câncer de pele e, para evitar o ressecamento da pele evite tomar banho em águas com temperaturas muito elevadas.
• Caso apresente algum sintoma de doenças respiratórias, que são comuns nesse período, procure auxílio médico para trata-lá imediatamente. O melhor exemplo é a rinite alérgica, a asma, bronquite, entre outras.
UMIDADE RELATIVA DO AR
Significa, em termos simplificados, quanto de água na forma de vapor existe na atmosfera no momento com relação ao total máximo que poderia existir, na temperatura observada. A umidade do ar é mais baixa principalmente no final do inverno e inicio da Primavera, no período da tarde, entre 12 e 16 horas. A umidade fica mais alta:
Sempre que chove devido à evaporação que ocorre posteriormente,
Em áreas florestadas ou próximas aos rios ou represa,
Quando a temperatura diminui (orvalho).
PROBLEMAS DECORRENTES DA BAIXA UMIDADE DO AR
Complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas;
Sangramento pelo nariz;
Ressecamento da pele;
Irritação dos olhos;
Eletricidade estática nas pessoas e em equipamentos eletrônicos;
Aumento do potencial de incêndios em pastagens e florestas
CUIDADOS A SEREM TOMADOS
Entre 20 e 30% - Estado de Atenção
Evitar exercícios físicos ao ar livre entre 11 e 15 horas
Umidificar o ambiente através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, molhamento de jardins etc.
Sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, em áreas vegetadas etc.
Consumir água à vontade.
Entre 12 e 20% - Estado de Alerta
Observar as recomendações do estado de atenção
Suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10 e 16 horas
Evitar aglomerações em ambientes fechados
Usar soro fisiológico para olhos e narinas
Abaixo de 12% - Estado de emergência
Observar as recomendações para os estados de atenção e de alerta
Determinar a interrupção de qualquer atividade ao ar livre entre 10 e 16 horas como aulas de educação física, coleta de lixo, entrega de correspondência etc.
Determinar a suspensão de atividades que exijam aglomerações de pessoas em recintos fechados como aulas, cinemas etc entre 10 e 16 horas
Durante as tardes, manter com umidade os ambientes internos, principalmente quarto de crianças, hospitais etc.
INVERNO E SAÚDE - INFORMAÇÃO
Baixa temperatura, baixa umidade do ar e ventos frios, provocam o aumento das moléstias respiratórias durante o Inverno e Primavera. A causa principal é a ação de poeiras e de micro-insetos (ácaros) que se desenvolvem junto ao mofo e se acumulam nas roupas, cobertores etc, guardadas por longo tempo nos armários. Algumas recomendações que podem atenuar o efeito são:
Manter arejados os ambientes internos. No Inverno, abrir as janelas entre 10 da manhã e 5 da tarde é uma boa medida.
O uso de aparelhos para purificação do ar (esterilair) também pode ser recomendado.
Evitar carpetes ou cortinas que acumulem poeiras.
Evitar roupas e cobertores de lã ou com pêlos. Agasalhos recomendados: malha, moleton, nylon ou couro.
Colocar as roupas típicas de inverno (blusas de lã, cobertores etc) no sol.
Recobrir colchões, travesseiros e almofadas com plásticos. A cama deve estar afastada da parede. Coloque livros e objetos em armários fechados. Limpar a casa com pano úmido (principalmente os cantos do quarto, beiradas e estrados da cama). Evite produtos de limpeza com cheiro ativo, preferindo o álcool.
Evitar permanecer em cômodos úmidos, fechados, lidar com papéis, roupas e objetos guardados por muito tempo.
Evitar animais de pêlo ou pena dentro de casa.
Não permitir que fumem em ambientes internos.
Sem restrição quanto ao consumo de sorvetes e chocolates.
Efeitos da Idade
Todos nós sabemos que a idade traz mudanças em nosso corpo. Algumas dessas mudanças são óbvias, outras, por sua vez, são mais sutis. Muitas pessoas envelhecem confortavelmente e permanecem ativas, alertas e mesmo vibrantes na terceira idade. Para estas pessoas a idade fisiológica pode ser mais jovem do que a idade cronológica. Outras pessoas, no entanto, experimentam os efeitos da osteoporose e osteoartrite, o que, gradualmente vai limitar as suas habilidades no desempenho pleno das suas atividades.
Saber o que esperar e tomar medidas para contrabalançar os efeitos da idade, pode ajudá-lo a manter o espírito jovem e uma vida independente.
Uma dieta saudável
exercícios regulares
uma atitude positiva frente à vida pode ajudar a atrasar a instalação e a progressão de muitas mudanças provocadas pela idade.
Quais as principais mudanças que ocorrem com a idade?
Envelhecimento dos músculos
Com o envelhecimento, os músculos encolhem e perdem massa. Este é um processo natural, porém um estilo de vida sedentário pode acelerá-lo.
O número e o tamanho das fibras musculares também diminuem. Por isso, demora mais para a musculatura responder quando estamos na casa dos cinqüenta do que na casa dos vinte.
O conteúdo de água nos tendões, aqueles cordões que prendem o músculo no osso, diminui com a idade. Isto torna o tecido mais rígido e menos capaz de tolerar esforço.
A força de apreensão das mãos diminui, o que dificulta a realização de atos rotineiros como virar a chave da porta ou servir bebida de uma garrafa.
O músculo cardíaco torna-se menos efetivo para ejetar grandes quantidades de sangue para todo o organismo. A pessoa cansa mais rapidamente e leva mais tempo para se recuperar de pequenos esforços.
A velocidade com que o organismo converte alimento em energia (taxa metabólica) é reduzida. Isso pode levar a um acúmulo de gordura e a um aumento do colesterol "ruim".
Envelhecimento dos ossos
Durante a vida, os ossos passam constantemente por um processo de absorção e formação chamado de remodelagem. Com o decorrer do tempo, o balanço entre a absorção e formação do osso muda, resultando numa diminuição do tecido ósseo.
O conteúdo mineral dos ossos diminui, tornando os ossos menos densos e mais frágeis.
Os ossos perdem massa, a osteoporose desenvolve-se afetando tanto mulheres quanto homens. Na coluna, a osteoporose pode levar à fratura das vértebras por simples pressão. Muitas fraturas que ocorrem em pessoas idosas são secundárias à osteoporose.
Com a idade, a cartilagem, que é o tecido que protege os ossos evitando o atrito entre eles, diminui o seu conteúdo de água tornando-a mais suscetível ao esforço. Com a degeneração da cartilagem, é possível haver o desenvolvimento da artrite.
Os ligamentos, que são formados pelo tecido conjuntivo entre os ossos, tornam-se menos elásticos, o que reduz a flexibilidade.
Envelhecimento das articulações (juntas)
A mobilidade das juntas torna-se mais restrita e a flexibilidade diminui com a idade devido à mudanças nos tendões e ligamentos.
A degeneração da cartilagem, em decorrência do uso durante toda a vida, leva à inflamação das juntas e à artrite.
Prevenindo e combatendo os efeitos do envelhecimento
Muitas das mudanças no sistema músculo-esquelético resultam mais pelo desuso do que pelo simples envelhecimento. Estatísticas de países desenvolvidos indicam que menos de 10% da população pratica exercícios regularmente e, desse grupo sedentário, grande parte está acima dos cinqüenta anos.
Alongamento é um excelente meio de ajudar a manter as juntas flexíveis. Exercícios com peso podem aumentar a massa e força muscular, habilitando as pessoas a manter suas atividades rotineiras sem maiores limitações. Mesmo atividades físicas moderadas podem reduzir o seu risco de desenvolver pressão alta, doença cardíaca e alguns tipos de câncer
A manutenção de um programa de exercícios regulares pode desacelerar a perda de massa muscular e prevenir o aumento da gordura corporal associado à idade. O exercício ajuda também a manter a agilidade do corpo, assim como melhora a eficiência de distribuição e utilização do oxigênio pelo organismo. Somente 30 minutos de atividade moderada, incorporada à rotina do seu dia-a-dia, trazem muitos benefícios à sua saúde.
Um programa de exercícios não precisa ser extenuante para ser efetivo. Caminhar, nadar e andar de bicicleta são atividades recomendadas para manter a forma na terceira idade. Os 30 minutos de atividade diária não precisam ser contínuos; você pode despender 15 minutos trabalhando no jardim pela manhã e caminhar 15 minutos à tarde, por exemplo.
Alunas: Ana Paula ; Camila Martins
Ano: 3º B
Trabalho
de
Educação Física
Tema: exesso de calor no corpo humano
Alunos:Angelo,Beatriz,Carina,
Pablo ,Rebeca e Thaynara
Série: 3º ano B
Efeitos no corpo humano
Excesso de Calor
O organismo funciona com a máxima eficiência à temperatura de 37°C e qualquer variação importante em relação a essa temperatura perturba os processos orgânicos. Uma adaptação deficiente ao calor pode agravar perturbações provocadas pelo calor: como cãibras, exaustão ou golpe de calor.
O funcionamento deficiente ou a sobrecarga dos mecanismos do organismo que mantêm constante a temperatura deste podem causar, por exemplo, cãibras pelo calor, exaustão pelo calor ou golpe de calor, enquanto o excesso de calor ambiente pode provocar dermatite pelo calor. As funções orgânicas podem também ser perturbadas pela excessiva produção de calor pelo organismo no caso de febre alta resultante de uma infecção.
Termorregulação
Os mecanismos através dos quais o corpo se liberta do excesso de calor para manter um nível óptimo de temperatura interna são controlados pelo hipotálamo. No caso de funcionamento anómalo do hipotálamo (por exemplo, por causa de medicamentos ou febre), a temperatura do corpo pode subir progressivamente e sobrevir um golpe pelo calor, que será fatal se não for administrado tratamento de emergência.
Quando a temperatura do sangue aumenta, o hipotálamo envia impulsos nervosos que estimulam as glândulas sudoríparas e dilatam os vasos sanguíneos periféricos. A transpiração, por si só, não arrefece o corpo; o efeito do arrefecimento na pele resulta da evaporação do suor. A transpiração excessiva pode dar azo a uma redução dos sais e líquidos do organismo, susceptível de provocar cãibras ou exaustão pelo calor. A dilatação dos vasos sanguíneos periféricos intensifica o fluxo do sangue perto da superfície da pele, o que aumenta a quantidade de calor que o organismo perde por convecção e radiação.
Aclimatação
É possível evitar a maior parte das perturbações provocadas pelo calor graças a uma adaptação gradual a climas quentes. A aclimatação total leva em geral entre uma e três semanas e implica a exposição ao calor por períodos cada vez mais longos, alternada com períodos de descanso em locais frescos. Devem ser evitados esforços físicos ou exercícios violentos. Recomendam-se frequentes banhos de água fria e o consumo, moderado, de pastilhas de sal ou de uma solução salina (um quarto de uma colher de chá rasa de sal dissolvido em meio litro de água fria). A alimentação deve ser leve e devem evitar-se as bebidas alcoólicas; a roupa que se veste deve ser ampla
Exaustão pelo Calor
Fadiga causada por exposição prolongada ao calor e que culmina por vezes em colapso. Este tipo de exaustão, mais vulgar quando a pessoa não está acostumada a trabalhar num ambiente ou clima quente, pode evoluir para um golpe de calor, susceptível de representar um perigo mortal para a vítima se não for tratada.
Causas
São três as principais causas de exaustão pelo calor: ingestão insuficiente de água, ingestão insuficiente de sal e produção reduzida de suor, cuja evaporação ajuda a arrefecer o corpo.
Sintomas e sinais
A exaustão pelo calor causa fadiga, fraqueza, tonturas, náuseas, agitação, dores de cabeça e, quando a perda de sal é grande, cãibras de calor nas pernas, braços, costas e abdómen. A pele apresenta-se geralmente pálida e pegajosa, a respiração torna-se rápida e superficial e o pulso é acelerado e fraco. A vítima pode ter vómitos e perder os sentidos.
Prevenção e Tratamento
É normalmente possível prevenir a exaustão pelo calor graças a uma climatização adequada.
A vítima de exaustão pelo calor deve deitar-se num local fresco e, se se mantiver consciente, sorver continuamente pequenos goles de água levemente salgada (meia colher de chá de sal dissolvido num litro de água). Se a vítima estiver inconsciente, deverá ser colocada na posição lateral de segurança até recobrar os sentidos. Logo que esteja consciente, pode começar a beber pequenos goles de água com sal.
Com o repouso e a reposição da água e do sal perdidos, a vítima de exaustão pelo calor não tarda a recompor-se. Todavia, deverá consultar um médico para obviar o risco de golpe de calor.
Golpe de Calor
Estado extremamente grave, também denominado hiperpirexia, em que a exposição prolongada a um calor intenso e a consequente desregulação dos mecanismos de controlo da temperatura do organismo resultam num perigoso aquecimento da vítima, cuja temperatura pode atingir 40ºC ou mais. Sem um tratamento de emergência, a vítima entra em coma e a morte pode estar iminente.
Causas
Na maior parte dos casos, o golpe de calor é provocado por uma prolongada exposição ao sol num clima quente. A situação agrava-se se o grau de humidade ambiente for elevado, pois deste modo o suor não pode evaporar-se para a atmosfera já saturada de humidade e o arrefecimento do corpo não se faz, portanto, de forma eficaz. O golpe de calor pode também sobrevir quando se trabalha num ambiente extremamente quente. A susceptibilidade ao calor é maior nas pessoas com problemas de pele ou das glândulas sudoríparas, nos indivíduos que estão a tomar anticolinergéticos (medicamentos que reduzem a sudação) e nos idosos de saúde débil. Alguns factores que podem contribuir para o golpe de calor são uma actividade física com grande dispêndio de energia, vestuário inadequado, alimentação excessiva e ingestão de grande quantidade de bebidas alcoólicas.
Sintomas e Sinais
O golpe de calor é muitas vezes precedido de exaustão pelo calor, com fadiga, fraqueza, tonturas e sudação abundante. Com o agravamento do estado da vítima, a transpiração diminui consideravelmente e muitas vezes cessa por completo. A pele fica quente, seca e avermelhada, a respiração torna-se superficial e o pulso é rápido e fraco.
À medida que os sintomas se agravam, a temperatura da vítima pode elevar-se a mais de 40ºC e, sem tratamento, pode perder os sentidos e corre risco de morte.
Prevenção e Tratamento
A melhor prevenção do golpe de calor consiste numa aclimatização.
A vítima de golpe de calor deve ser assistida com a máxima urgência por um médico. Enquanto tal não sucede, a vítima deve ser despida e envolta num lençol, que deve ser continuamente humedecido. Como alternativa, poderá ser arrefecida com uma esponja embebida em água fria. Em qualquer dos casos, a vítima deve ser abanada (com uma revista, por exemplo). Se estiver inconsciente, deverá ser colocada na posição lateral de segurança.
Deve prolongar-se o tratamento até a temperatura da vítima descer para 38°C ou até que o corpo dela tenha arrefecido bastante. Se a vítima estiver consciente, deverá beber pequenos goles de água levemente salgada (meia colher de chá de sal dissolvido num litro de água).
A MORTE REAL E A MORTE IDEAL
Existe uma diferença muito grande entre como as pessoas gostariam de morrer e como vão morrer
Como a morte é o grande inimigo, o tratamento é agressivo, os sintomas não são controlados e o paciente perde sua autonomia
Sintomas e sofrimento
O sofrimento atinge aspectos diversos do ser humano:
- Psicológico
- Social
- Espiritual
- Biológico
Porque acontece este final de vida tão sofrido
Alguns motivos:
a) Ignorância médica de como dar cuidados paliativas
b) preocupações legais de omissão de socorro
c) preocupação com os eventos adversos medicamentosos dos analgésicos, sedativos, antidepressivos,...
d) Desconforto em comunicar más notícias, falta de capacidade de ajudar os familiares em estabelecer planos terapêuticos mais reais
e) Incapacidade de compreender os direitos dos pacientes e seus familiares em suspender ou omitir suporte de vida
f) Medos, fantasias , preocupações e falta de confiança pessoais leva muitos médicos a evitar o cuidado de pacientes que estão morrendo
Momento de Reflexão:
Talvez se refletíssemos sobre nossas próprias expectativas sobre o fim de nossas vidas e estudássemos mais cuidados paliativos, poderíamos ganhar “insight” nas expectativas e necessidades de nossos pacientes e seus familiares.
O Eu diante da Morte
De um modo geral, descontando as defesas das reflexões zen, das meditações transcendentais e de toda sorte de subterfúgios do medo e do temor do nada, a idéia da morte nos remete aos sentimentos de perda, portanto, em tese, nos desperta sentimentos dolorosos. Trata-se de uma espécie de dor psíquica, a qual muitas vezes acaba também gerando dores físicas, ou criando uma dinâmica incompreensível para quem a vida continua sorrindo.
Poderíamos dizer que na Depressão, o tema morte está mais presente, seja o medo dela, seja a vontade de que ela aconteça casualmente ou, mais grave, sob a forma de ideação suicida. De qualquer forma, pensa-se na morte e, como não poderia deixar de ser, acompanha sentimentos dolorosos. Essa é uma dor psíquica, naturalmente movida por sentimentos de tristeza, de finitude, de medo, de abandono, de fragilidade e insegurança.
Na espécie humana a dor psíquica diante da morte pode ser considerada fisiológica, mas sua duração, intensidade e resolução vão depender, muito provavelmente, de como a pessoa experimentou a vida. Diz um ditado: “teme mais a morte quem mais temeu a vida”.
Durante a fase de enfrentamento da morte, o paciente é estimulado a profundas reflexões sobre a própria vida; se lhe foi satisfatória sua trajetória de vida, se houve algum desenvolvimento emocional, se pode criar vínculos afetivos fortes e permanentes, se ele pode auxiliar a outros seres humanos. Orientado psicologicamente (cognitivamente) poderá ser possível que, apesar de doloroso, esse momento possa ter um importante e saudável balanço emocional.
Os 5 Estágios da Dor da Morte
A reação psíquica determinada pela experiência com a morte foi descrita por Elisabeth Kubler-Ross como tendo cinco estágios (Berkowitz, 2001):
Primeiro Estágio: negação e isolamento
A Negação e o Isolamento são mecanismos de defesas temporários do Ego contra a dor psíquica diante da morte. A intensidade e duração desses mecanismos de defesa dependem de como a própria pessoa que sofre e as outras pessoas ao seu redor são capazes de lidar com essa dor. Em geral, a Negação e o Isolamento não persistem por muito tempo.
Segundo Estágio: raiva
Por causa da raiva, que surge devido à impossibilidade do Ego manter a Negação e o Isolamento, os relacionamentos se tornam problemáticos e todo o ambiente é hostilizado pela revolta de quem sabe que vai morrer. Junto com a raiva, também surgem sentimentos de revolta, inveja e ressentimento.
Nessa fase, a dor psíquica do enfrentamento da morte se manifesta por atitudes agressivas e de revolta; - porque comigo? A revolta pode assumir proporções quase paranóides; “com tanta gente ruim pra morrer porque eu, eu que sempre fiz o bem, sempre trabalhei e fui honesto”...
Transformar a dor psíquica em agressão é, mais ou menos, o que acontece em crianças com depressão. É importante, nesse estágio, haver compreensão dos demais sobre a angústia transformada em raiva na pessoa que sente interrompidas suas atividades de vida pela doença ou pela morte.
Terceiro Estágio: barganha
Havendo deixado de lado a Negação e o Isolamento, “percebendo” que a raiva também não resolveu, a pessoa entra no terceiro estágio; a barganha. A maioria dessas barganhas é feita com Deus e, normalmente, mantidas em segredo.
Como dificilmente a pessoa tem alguma coisa a oferecer a Deus, além de sua vida, e como Este parece estar tomando-a, quer a pessoa queira ou não, as barganhas assumem mais as características de súplicas.
A pessoa implora que Deus aceite sua “oferta” em troca da vida, como por exemplo, sua promessa de uma vida dedicada à igreja, aos pobres, à caridade... Na realidade, a barganha é uma tentativa de adiamento. Nessa fase o paciente se mantém sereno, reflexivo e dócil (não se pode barganhar com Deus, ao mesmo tempo em que se hostiliza pessoas).
Quarto Estágio: depressão
A Depressão aparece quando o paciente toma consciência de sua debilidade física, quando já não consegue negar suas condições de doente, quando as perspectivas da morte são claramente sentidas. Evidentemente, trata-se de uma atitude evolutiva; negar não adiantou agredir e se revoltar também não, fazer barganhas não resolveu. Surge então um sentimento de grande perda. É o sofrimento e a dor psíquica de quem percebe a realidade nua e crua, como ela é realmente, é a consciência plena de que nascemos e morremos sozinhos. Aqui a depressão assume um quadro clínico mais típico e característico; desânimo, desinteresse, apatia, tristeza, choro, etc.
Quinto Estágio: aceitação
Nesse estágio o paciente já não experimenta o desespero e nem nega sua realidade. Esse é um momento de repouso e serenidade antes da longa viagem.
É claro que interessa, à psiquiatria e à medicina melhorar a qualidade da morte (como sempre tentou fazer em relação à qualidade da vida), que o paciente alcance esse estágio de aceitação em paz, com dignidade e bem estar emocional. Assim ocorrendo, o processo até a morte pôde ser experimentado em clima de serenidade por parte do paciente e, pelo lado dos que ficam, de conforto, compreensão e colaboração para com o paciente.
A Medicina Paliativa
Paliativo é a qualidade de aliviar, e é o que mais interessa à pessoa que sofre, portanto, quando se fala Medicina Paliativa não se pretende, de forma alguma, atribuir um sentido pejorativo, minimizado ou frugal ao termo. Devemos ter cuidado quando alguém diz... “esse medicamento é APENAS um paliativo”, com intenção clara em atribuir alguma conotação pejorativa.
No Brasil a Medicina Paliativa ainda caminha a passos lentos mas, no Reino Unido, onde tudo começou, somando-se com a Austrália, USA e Canadá, existem mais de 6.000 centros de Medicina Paliativa, sendo considerada uma especialidade médica e de grande notoriedade.
No Brasil, a atuação da Medicina Paliativa, iniciada em 1983 pela Dra. Míriam Martelete no Hospital das Clinicas de Porto Alegre, é ainda praticamente desconhecida pelos médicos brasileiros. Os Cuidados Paliativos são tipos especiais de cuidados destinados a proporcionar bem estar, conforto e suporte aos pacientes e seus familiares nas fases finais de uma enfermidade terminal.
Assim, a Medicina Paliativa procura conseguir que os pacientes desfrutem os dias que lhes restam de forma mais consciente possível, livres da dor e com seus sintomas sob controle. Isso tudo é pretendido para que esses pacientes possam viver seus últimos dias com dignidade, em sua casa ou em algum lugar mais parecido possível, rodeados de pessoas que lhes queiram bem. Na realidade, esse tipo de cuidado pode ser realizado em qualquer local onde o paciente se encontra, seja em sua casa, no hospital, em asilos ou instituições semelhantes, etc.
Paliativo é um tipo de cuidado médico e multiprofissional aos pacientes cuja doença não responde aos tratamentos curativos. Para a Medicina Paliativa é primordial o controle da dor, de outros sintomas igualmente sofríveis e, até, dos problemas sociais, psicológicos e espirituais. Os Cuidados Paliativos são interdisciplinares e se ocupam do paciente, da família e do entorno social do paciente.
Os Cuidados Paliativos não prolongam a vida, nem tampouco aceleram a morte. Eles somente tentam estar presentes e oferecer conhecimentos médicos e psicológicos suficientes para o suporte físico, emocional e espiritual durante a fase terminal e de agonia do paciente, bem como melhorar a maneira de sua família e amigos lidarem com essa questão.
Essa área médica objetiva o alívio, a preparação e, conseqüentemente a melhoria das condições de vida dos pacientes com doenças progressivas e irreversíveis como, por exemplo, crônico-degenerativas, incapacitantes e fatais. Atualmente diz respeito mais aos pacientes com câncer, AIDS, pneumopatias, degenerações neuromotoras, doenças metabólicas, congênitas, doença de Alzeheimer, doença de Parkinson, etc, bem como os politraumatizados com lesões irreversíveis.
Uma das maiores dificuldades para a Medicina Paliativa ter desenvoltura próxima à de outras especialidades, pode ser o preconceito universal existente em relação às condutas terminais, mais precisamente, em relação à morte.
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